quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Definições


A vida é como descarrilar com um comboio numa ponte e mergulhar bem fundo no abismo. Quando encontras as grandes respostas é tarde demais. (Sérgio Minhós)

sábado, janeiro 27, 2007

Nem tudo se faz com amor


Nem tudo se faz com amor.
Há dias em que me olho no espelho e odeio o que vejo.
Odeio-me por ter chamado nomes ao condutor que não respeitou a prioridade,
odeio-me por planear fazer mil e uma coisas e acabar não fazendo nenhuma,
odeio-me pela falta de coragem para saltar de um precipício,
odeio-me pelas minhas más escolhas,
odeio-me por não poder voltar atrás no tempo e apagar os meus erros,
odeio a minha ausência de brilho no olhar,
odeio-me por não compreender o amor,
odeio-me por sentir quando não devia,
odeio-me por não ser quem sou.

Dias como estes tenho bastantes
mas também tenho outros...

(Sérgio Minhós)

sábado, janeiro 13, 2007

Eterna Saudade


O dia escureceu mais cedo
as mãos que seguraram os filhos
anos mais tarde os netos,
bisnetos
permanecem gélidas e pálidas.
Os teus olhos piscaram uma última vez
apenas para nos dizerem que valeu a pena.
Um último sopro de vida
deixou-te imóvel,
frio,
sem dor.
O teu corpo, mais leve,
deixou partir a tua alma cansada
mas completa e feliz por ter vivido
cada dia como se fosse o último.
Hoje,
as minhas bailarinas não dançam
dos meus olhos escorrem pérolas pretas
pretas e escuras como o vazio que deixaste.
A consciência de uma saudade que será eterna
permanece no meu pensamento.

O preço para quem te viu partir
é pago em dor, lágrimas e saudade.

(Sérgio Minhós)
11-01-07



Hoje perdeu-se um grande Homem. Desde muito cedo dedicou-se aos outros
como bombeiro, criou três filhos e viu nascer cinco netos, dois bisnetos e, infelizmente
não verá nascer outros dois que vêm a caminho bem como todos os que virão futuramente.
Dedico esta fotografia ao meu querido Avô pois este jarro faz parte dos muitos que
florescem no seu quintal.
Onde quer que estiveres terás sempre o meu agradecimento por todos estes maravilhosos
anos na tua companhia e continuarás vivo no meu coração até eu cessar a minha
existência.

Em memória de Manuel Pinto 1922 - 2007.