terça-feira, agosto 15, 2006

Quem sabe...

Hoje li que alguns povos árabes têm uma visão bastante interessante em relação às diferentes maneiras de amar. A sua análise resume-se a estas simples palavras: - "Os que amam demais perdem tudo, os que amam com ironia perduram." .
Em qual das duas eu ou vocês se enquandram? Acho que para responder a isto cada um de nós tem, inevitavelmente, que encontrar resposta para outra pergunta:- Quem sou eu?
De acordo com o nosso senso comum, as experiências de cada um, cada alegria, cada tristesa, cada paixão, cada desilusão, poderemos um dia responder a isto.
Eu sei quem sou e vocês? A questão é, se realmente terei necessidade de revelar em qual das duas análises de amar me enquadro. Qualquer uma é viável a uma determinada altura das nossas vidas mas só uma prevalece para o resto da mesma.
A vida pode ser tão cruel ao ponto de nos fazer duvidar da sua preciosidade e importância, mas também pode ser maravilhosa principalmente quando amamos alguém. Considero-me completamente viciado no amor. Amo por ele, ardo por ele, sofro por ele, morro por ele. Passo metade da minha existência a questionar-me se o amor vale a pena e no final chego sempre ao mesmo beco sem saída. Não consigo viver sem amar, sem ser amado. Sem eles sou produtivo, sou responsável, sou uma máquina guiada pelo impulso de fazer e fazer mais. Com eles sou impulsivo, sou louco, não tenho medo de me lançar de cabeça em novas experiências, sou mais bonito. Estar apaixonado é mais do que uma droga, é algo que me confere uma adrenalina inimaginável e inalcançável por qualquer outro meio. O dilema é encontrar a forma mais apropriada de exprimir o nosso amor por alguém. Todos nós já sentimos as terriveis marcas deixadas pelo amor quando este parte.
Quero acreditar que um dia o amor irá durar para sempre, até lá só o tempo saberá.

Quem és tu e como amas?

3 comentários:

  1. Sou das que amam demais...

    Adorei as tuas palavras.


    .S.

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  2. Sem dúvida, passamos metade da nossa vida a tentar perceber quem somos e o que nos move! Mas temos quase sempre a certeza de que o Amor é uma motivação. É realmente um sentimento grandioso e tal como nós (humanos)com as suas lacunas. Nada é perfeito nem mesmo o Amor.

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  3. Estive a ler com muita atenção, o que disseste. Do Amor… de ti… E “concluí”, que a frase:
    “Os que amam demais perdem tudo…”, está muito de acordo com o que penso do amor.
    Por “perder” se atinge a totalidade do querer.
    É assim que amo. Com a entrega do que de mais profundo poderemos ter em nós…
    e não é concerteza o palpável, mas a nossa essência; eu + tu = a Nós.
    A todos, com uma imensa e total dádiva.
    Da filosofia oriental, se recebem grande lições de vida.
    E, quando estivermos livres do ego, do amor próprio, aí sim, estaremos a amar.
    É o despojar do ser, que nos permite “fazer” o amor…
    Por norma e erradamente esta frase é usada de uma forma inadequada.

    De um livro meu, vou dizer-te esta frase, que na realidade só dei bem
    por ela, no seu lançamento, após ter sido lida, em voz alta pelo Editor:

    “Ama-te em mim até ao desprendimento…”

    Na realidade (e não há verdades absolutas), o que se deseja, quase sempre, é ser amado.
    E a importância da “quantidade” de amor que damos?, onde se enquadra?...
    Desde sempre, que gostei mais de dar, do que de receber.
    É tão bom ver o sorriso de quem nada espera.
    E nesse momento, sabemos que não devemos desejar nada, pois quando nos dão algo,
    é a “cereja do bolo”.
    Recebemos sem ter pedido… sem ter criado expectativas.
    Quando particularizas, entras num outro campo. “Amar alguém…”
    “… terríveis marcas deixadas pelo amor quando este parte”.

    O Amor nunca parte! Ele É… Está… e será Eterno!!!

    É óbvio, que se pode discordar… mas quando amas,
    o que em ti fica de alguém, vai permanecer, no teu AND,
    como o que comes ou bebes.
    E vais ser outro, sempre que amares, uma… duas… ou mais vezes…
    elas serão sempre a mesma.
    És tu que mudas… e é bom quando se dá conta, de que essa mudança,
    nos tornou melhores. Mais amantes...
    E o Universo está logo ali, há tua espera.

    Beijos da Judith

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