quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Nevoeiro


Nevoeiro denso paira nas minhas ideias
lugar de montanhas e falésias onde tu existes,
onde o Céu é sempre cinzento e o Mar é perpetuamente negro.
A alegria há muito deu lugar a um estado entre dois mundos,
moribundo por dentro e vazio por fora.
Apenas restou a pele dos amores fracassados.
O nevoeiro esse, serve de companhia para um olhar melancólico e turvo
das lágrimas derramadas num passado recente.
Tudo o que sempre desejei foi conquistar teu inalcançável coração,
Mar.

Um abismo onde o tempo não tem pressa em caminhar é onde me aprisionaste,
como outro dos teus muitos náufragos e corpos vergados às evidências de um amor proibido.

(Sérgio Minhós)
31-03-07

2 comentários:

  1. Metáfora aliciante, sem dúvida. Resta-me saber de onde virá o raio de sol que dissipará esse nevoeiro...

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  2. Belo pensamento, tal como eu parece que gostas de uma escrita mais melacolica.. Eu agora tenho andando infertil no campo da escrita, vmaos ver se volot à carga
    Bj

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