quarta-feira, abril 23, 2008

Mar de Lua

Desenhei palavras de amor na areia
na esperança de que as lesses ao regressares
com a subida da maré
Essas mesmas palavras de amor
misturaram-se com a espuma branca e cintilante,
vítimas da tua indiferença,
para todo o sempre se perderam.
Toda a expectativa alcançada em todos aqueles anoiteceres
em que os nossos corpos pareciam unir-se
na imensidão do Mar
foi estilhaçada como um espelho velho e gasto.
Como poderia eu alguma vez acreditar que Sol e Lua
seriam um só.

Os sonhos vêm e vão tal como o Mar que vem beijar o imenso areal
e recua como um adolescente embriagado pela paixão
Os sorrisos dão lugar ás ausências
o meu olhar à solidão.

22-04-08
(Sérgio Minhós)

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